Ministro de Minas e Energia admite, no entanto, que há estudos da Petrobrás sobre aumento do combustível
Leonêncio Nossa, da Agência Estado, e Reuters
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira
que ainda não há definição por parte do governo sobre um reajuste do
preço da gasolina, mas admitiu que há estudos da Petrobrás sobre aumento
do combustível. "A gente vai avaliando, estudando o cálculo do impacto
possível na inflação. Nós fazemos isso há muito tempo", afirmou o
ministro em entrevista no hotel na Barra da Tijuca, onde participa da
Rio+20.
Na conversa, Lobão disse que as simulações dos cálculos de reajuste
do combustível são feitas pelos ministérios da Fazenda e de Minas e
Energia e levam em conta o plano de investimento da Petrobrás. "Não há
um aumento de preços para o consumidor há nove anos", disse o ministro.
Lobão rejeitou a ideia de uso da Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico (Cide) como instrumento para equilibrar o preço do
combustível se houver reajuste. "Esgota-se com isso a Cide", disse. Já o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou comentar um possível
reajuste no preço da gasolina.
A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a empresa precisa de aumento de combustíveis para aliviar seu caixa, acrescentando que o percentual da alta ainda está sendo discutido com o governo.
"Nós não temos nenhum porcentual de aumento da gasolina e nenhuma
data específica para que aconteça qualquer percentual", afirmou ela a
jornalistas no Rio de Janeiro.
Questionada sobre a necessidade da alta dos valores, ela afirmou:
"Nós precisamos de um aumento porque evidentemente você vê uma variação
do Brent que desceu, mas o câmbio está subindo. Então a paridade de
preço está bastante defasada dos preços internacionais".
Fonte: Estadão.com
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