terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lucro da Guararapes recua 15 por cento no segundo trimestre

O grupo Guararapes, controlador das Lojas Riachuelo e do Midway Mall, encerrou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 85,2 milhões, 15% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. O resultado - que equivale ao lucro menos as deduções de imposto de renda e de outras taxas que a empresa tenha que pagar - foi pressionado principalmente pelo aumento das despesas operacionais e financeiras.

Júnior SantosResultados também apontam queda na produção da Guararapes 
Resultados também apontam queda na produção da Guararapes 

 De acordo com balanço divulgado ontem, a receita do grupo cresceu 18,7%, para R$ 843,6 milhões, e os custos aumentaram na mesma proporção, para R$ 337,3 milhões. A margem bruta, por sua vez, ficou estável em 60%. Já as despesas operacionais subiram 30%, para R$ 381,6 milhões, derrubando o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês), que recuou 7%, para R$ 124,6 milhões.

De acordo com informações publicadas no portal G1, a linha financeira também contribuiu para o lucro menor entre abril e junho. O resultado financeiro foi negativo em R$ 5,6 milhões no período, contra um número positivo em R$ 1,7 milhão um ano antes.

FÁBRICA

Outra queda foi registrada na produção da Guararapes. A fábrica produziu 10,7 milhões de peças no segundo trimestre do ano, 14,4% abaixo dos 12,5 milhões de itens registrados no segundo trimestre de 2011. Se considerado o período de janeiro a junho, o recuo foi maior: chegou a 19,6%, com a produção de 19,6 milhões de peças.

De acordo com a companhia, a queda é "consequência do maior desenvolvimento de peças modais", numa investida para atender os consumidores com produtos mais elaborados  desenvolvidos de acordo com a real necessidade da Riachuelo. Nesta terça-feira a companhia fará uma videoconferência para comentar os resultados.

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE em abril deste ano, o vice-presidente do grupo e presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, disse que, no Rio Grande do Norte, a fábrica foi duramente afetada com a escalada do custo Brasil e que tem registrado grandes perdas de produtividade. "A consequência disso são as demissões. Nós já chegamos a ter na fábrica de Natal 17,8 mil funcionários. Hoje estamos com 10,8 mil. Em 1 ano e meio, perdemos sete mil funcionários, em decorrência do aumento dos custos de produção", disse ele, na entrevista.

Fonte: Tribuna do Norte



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