Em maio, o número de pessoas
inadimplentes registradas no banco de dados do SPC Brasil (Serviço de
Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas) apresentou aceleração recorde e cresceu 9,56%,
em relação a maio do ano passado. Esta é a maior variação anual já
registrada desde o início da série histórica. A partir deste dado, o SPC
Brasil estima que um total de 55,04 milhões de CPFs de adultos vivos
estavam registrados em serviços de proteção ao crédito no país até o fim
de maio. Assim, considerando a mesma estimativa feita para abril, de
53,8 milhões de inadimplentes, pode-se dizer que, entre abril e maio,
cerca de 1,2 milhão de adultos foram incluídos em serviços de proteção
ao crédito.
Na avaliação do presidente da CNDL,
Roque Pellizzaro Junior, o avanço da inadimplência não se deve somente a
fatores sazonais, e sim à atual situação econômica que o país vive. “A
inadimplência nos últimos meses tem sido influenciada principalmente
pela elevação da inflação, pelo crescimento moderado da massa salarial e
pela desaceleração da atividade econômica como um todo”, disse.
Na comparação mensal, o número de pessoas físicas inadimplentes registradas na base de dados do SPC Brasil também cresceu: 1,38% em maio deste ano em relação a abril, o que representa a maior alta da série histórica para os meses de maio.
Dívidas bancárias explicam aumento
Jáo número total de dívidas em atraso mostrou aumento de 5,21%
em relação a maio de 2013. A segmentação por setores no banco de dados
do SPC revela que a alta se deve principalmente a dois segmentos, que,
sozinhos, explicam 61% do crescimento: “bancos”, cuja alta de dívidas
responde por 38% do aumento total de dívidas em atraso, e contas
relativas à “comunicação”, representando 23% do aumento total. “O
crescimento do número de dívidas em comunicação, que engloba contas de
internet, TV a cabo e telefone, reflete provavelmente a popularização
desses serviços, com consequente aumento do risco de crédito do cliente
médio”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Luiza Rodrigues.
Tempo de atraso da dívida
Uma segmentação dos dados de novos
devedores nas bases do SPC Brasil mostrou grande crescimento dos
consumidores que estão em atraso há menos de seis meses, em particular
os que têm parcelas atrasadas de 91 a 180 dias (+36,32% na comparação
anual). “O dado sugere que os novos inadimplentes se concentram no grupo
que adquiriu dívidas no início do ano, mas não conseguiu honrar os seus
compromissos”, explica Luiza Rodrigues.
Número médio de dívidas em atraso
O número médio de dívidas em atraso por
pessoa física inadimplente atingiu 2,008 dívidas em maio, abaixo do mês
anterior, dando continuidade à tendência de queda do número médio de
dívidas por inadimplente.Para Luiza Rodrigues, essa tendência tem sido
verificada mesmo entre os mais jovens, que tradicionalmente tem maior
número médio de dívidas.
Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL / SPC Brasil
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