Preços aumentaram mais de 10% em 10 de 17 localidades, diz Dieese.
Segundo Dieese, salário mínimo deveria ser R$ 2.561,47 em dezembro.
Fortaleza é a capital do país que teve o maior aumento no valor da
cesta básica no ano de 2012, com uma alta de 17,46%, segundo pesquisa
divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira (7).
Os preços da cesta básica aumentaram em 2012 em todas as 17 capitais
pesquisadas pelo Dieese. Segundo o Dieese, em dez localidades a alta no
ano passado foi superior a 10%.
Localidade | Variação anual | Valor da cesta (em R$) |
---|---|---|
Fortaleza | 17,46% | 252,78 |
João Pessoa | 16,47% | 237,85 |
Recife | 15,26% | 248,95 |
Manaus | 13,48% | 290,27 |
Natal | 12,85% | 239,65 |
Aracaju | 11,99% | 204,06 |
Belém | 11,42% | 271,58 |
Brasília | 11,32% | 275,95 |
Florianópolis | 10,52% | 290,05 |
Belo Horizonte | 10,18% | 290,88 |
São Paulo | 9,96% | 304,90 |
Curitiba | 9,12% | 271,31 |
Salvador | 8,76% | 227,12 |
Rio de Janeiro | 7,20% | 281,83 |
Goiânia | 6,68% | 263,17 |
Porto Alegre | 6,32% | 294,37 |
Vitória | 5,63% | 290,89 |
As maiores altas foram registradas em Fortaleza,
João Pessoa (16,47%) e Recife (15,26%). As menores oscilações ocorreram
em Vitória (5,63%), Porto Alegre (6,32%) e Goiânia (6,68%). Em São
Paulo, a alta foi de 9,96%.
Em dezembro, mês em que o Dieese passou a incluir na pesquisa a cidade
de Campo Grande (MS), a cesta básica subiu em 15 das 18 capitais, com as
maiores variações verificadas em Goiânia (10,61%), Rio de Janeiro
(3,58%) e Brasília (3,41%). No mesmo período, três cidades apresentaram
queda nos preços, Natal (-2,75%), Vitória (-1,50%) e Aracaju (-0,76%).
São Paulo tem cesta mais cara
Em dezembro, na capital paulista, a cesta básica custou R$ 304,90, maior valor entre as 18 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Em um ano, os gêneros alimentícios subiram 9,96%, uma vez que em dezembro de 2011, a mesma cesta custava R$ 277,27.
Em dezembro, na capital paulista, a cesta básica custou R$ 304,90, maior valor entre as 18 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Em um ano, os gêneros alimentícios subiram 9,96%, uma vez que em dezembro de 2011, a mesma cesta custava R$ 277,27.
Depois de São Paulo, Porto Alegre foi a capital a registar o maior
custo de cesta básica (R$ 294,37), seguida por Vitoria (R$ 290,89) e
Belo Horizonte (R$ 290,88). Os menores valores médios foram observados
em Aracaju (R$ 204,06), Salvador (R$ 227,12) e João Pessoa (R$ 237,85).
Cesta x salário mínimo
Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que, em dezembro, menor salário pago deveria ser de R$ 2.561,47, ou seja, 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00.
Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que, em dezembro, menor salário pago deveria ser de R$ 2.561,47, ou seja, 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00.
Em novembro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.514,09.
Em dezembro de 2011, o valor necessário para atender às despesas de uma
família chegava a R$ 2.329,35.
Segundo o Dieese, em dezembro, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das capitais pesquisadas foi de 93 horas e 54 minutos, tempo superior às 92 horas e 10 minutos exigida em novembro. Em relação, a dezembro de 2011 a jornada exigida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 97 horas e 22 minutos.
Segundo o Dieese, em dezembro, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das capitais pesquisadas foi de 93 horas e 54 minutos, tempo superior às 92 horas e 10 minutos exigida em novembro. Em relação, a dezembro de 2011 a jornada exigida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 97 horas e 22 minutos.
Produtos que mais subiram
Entre os produtos cesta básica, arroz, feijão, óleo de soja, manteiga e café apresentaram alta generalizada no país. O preço do arroz subiu acima de 10% em todas as localidades pesquisadas em 2012. As maiores altas foram registradas em Belém (69,01%), Natal (46,41%) e Aracaju (46,22%).
Entre os produtos cesta básica, arroz, feijão, óleo de soja, manteiga e café apresentaram alta generalizada no país. O preço do arroz subiu acima de 10% em todas as localidades pesquisadas em 2012. As maiores altas foram registradas em Belém (69,01%), Natal (46,41%) e Aracaju (46,22%).
Taxas elevadas também foram verificadas para os preços do feijão, todas elas acima de
20% no ano. Em 2012, as principais altas situaram-se em Belém (46,64%), Rio de Janeiro (44,27%) e Aracaju (43,33%).
20% no ano. Em 2012, as principais altas situaram-se em Belém (46,64%), Rio de Janeiro (44,27%) e Aracaju (43,33%).
O café em pó também ficou mais caro em todas as localidades pesquisadas. As altas
mais importantes foram observadas em Vitória (30,04%), Brasília (26,77%) e Belém (19,45%).
mais importantes foram observadas em Vitória (30,04%), Brasília (26,77%) e Belém (19,45%).
O preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta básica, registrou alta em
oito capitais, em 2012. Os maiores aumentos foram anotados em Salvador (10,98%),
Florianópolis (10,04%) e Aracaju (8,65%). As principais retrações (em nove localidades)
ao longo do ano verificaram-se em Goiânia (-7,93%), Curitiba (-5,58%) e Rio de Janeiro
(-4,38%).
oito capitais, em 2012. Os maiores aumentos foram anotados em Salvador (10,98%),
Florianópolis (10,04%) e Aracaju (8,65%). As principais retrações (em nove localidades)
ao longo do ano verificaram-se em Goiânia (-7,93%), Curitiba (-5,58%) e Rio de Janeiro
(-4,38%).
Segundo o Dieese, 2012 foi predominantemente de queda nos preços, uma
vez que, em 2011, a carne fechou o ano com alta em 15 localidades.
Já o preço do açúcar caiu em 16 capitais em 2012, todas elas com
retração acima de 10% no ano passado. Os principais recuos foram
anotados em Salvador (-17,49%), Goiânia (-14,36%) e Belo Horizonte
(-13,76%). Os preços do produto permaneceram estáveis em Brasília.
Fonte: G1
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