segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Cesta básica em Fortaleza tem o maior aumento do país em 2012

Preços aumentaram mais de 10% em 10 de 17 localidades, diz Dieese.
Segundo Dieese, salário mínimo deveria ser R$ 2.561,47 em dezembro.

Fortaleza é a capital do país que teve o maior aumento no valor da cesta básica no ano de 2012, com uma alta de 17,46%, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira (7).
Os preços da cesta básica aumentaram em 2012 em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Segundo o Dieese, em dez localidades a alta no ano passado foi superior a 10%.
Localidade Variação anual  Valor da cesta (em R$)
Fortaleza 17,46% 252,78
João Pessoa 16,47% 237,85
Recife 15,26% 248,95
Manaus 13,48% 290,27
Natal 12,85% 239,65
Aracaju 11,99% 204,06
Belém 11,42% 271,58
Brasília 11,32% 275,95
Florianópolis 10,52% 290,05
Belo Horizonte 10,18% 290,88
São Paulo 9,96% 304,90
Curitiba 9,12% 271,31
Salvador 8,76% 227,12
Rio de Janeiro 7,20% 281,83
Goiânia 6,68% 263,17
Porto Alegre 6,32% 294,37
Vitória 5,63% 290,89
 As maiores altas foram registradas em Fortaleza, João Pessoa (16,47%) e Recife (15,26%). As menores oscilações ocorreram em Vitória (5,63%), Porto Alegre (6,32%) e Goiânia (6,68%). Em São Paulo, a alta foi de 9,96%.
Em dezembro, mês em que o Dieese passou a incluir na pesquisa a cidade de Campo Grande (MS), a cesta básica subiu em 15 das 18 capitais, com as maiores variações verificadas em Goiânia (10,61%), Rio de Janeiro (3,58%) e Brasília (3,41%). No mesmo período, três cidades apresentaram queda nos preços, Natal (-2,75%), Vitória (-1,50%) e Aracaju (-0,76%).
São Paulo tem cesta mais cara
Em dezembro, na capital paulista, a cesta básica custou R$ 304,90, maior valor entre as 18 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Em um ano, os gêneros alimentícios subiram 9,96%, uma vez que em dezembro de 2011, a mesma cesta custava R$ 277,27.
Depois de São Paulo, Porto Alegre foi a capital a registar o maior custo de cesta básica (R$ 294,37), seguida por Vitoria (R$ 290,89) e Belo Horizonte (R$ 290,88). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 204,06), Salvador (R$ 227,12) e João Pessoa (R$ 237,85).
Cesta x salário mínimo
Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que, em dezembro, menor salário pago deveria ser de R$ 2.561,47, ou seja, 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00.
Em novembro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.514,09. Em dezembro de 2011, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.329,35.

Segundo o Dieese, em dezembro, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das capitais pesquisadas foi de 93 horas e 54 minutos, tempo superior às 92 horas e 10 minutos exigida em novembro. Em relação, a dezembro de 2011 a jornada exigida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 97 horas e 22 minutos.
Produtos que mais subiram
Entre os produtos cesta básica, arroz, feijão, óleo de soja, manteiga e café apresentaram alta generalizada no país. O preço do arroz subiu acima de 10% em todas as localidades pesquisadas em 2012. As maiores altas foram registradas em Belém (69,01%), Natal (46,41%) e Aracaju (46,22%).
Taxas elevadas também foram verificadas para os preços do feijão, todas elas acima de
20% no ano. Em 2012, as principais altas situaram-se em Belém (46,64%), Rio de Janeiro (44,27%) e Aracaju (43,33%).
O café em pó também ficou mais caro em todas as localidades pesquisadas. As altas
mais importantes foram observadas em Vitória (30,04%), Brasília (26,77%) e Belém (19,45%).
O preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta básica, registrou alta em
oito capitais, em 2012. Os maiores aumentos foram anotados em Salvador (10,98%),
Florianópolis (10,04%) e Aracaju (8,65%). As principais retrações (em nove localidades)
ao longo do ano verificaram-se em Goiânia (-7,93%), Curitiba (-5,58%) e Rio de Janeiro
(-4,38%).
Segundo o Dieese, 2012 foi predominantemente de queda nos preços, uma vez que, em 2011, a carne fechou o ano com alta em 15 localidades.
Já o preço do açúcar caiu em 16 capitais em 2012, todas elas com retração acima de 10% no ano passado. Os principais recuos foram anotados em Salvador (-17,49%), Goiânia (-14,36%) e Belo Horizonte (-13,76%). Os preços do produto permaneceram estáveis em Brasília.

Fonte: G1

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