Número de inadimplentes cresce 4,39% em junho, aponta SPC Brasil
Segundo economistas, contexto econômico de juros altos e de inflação elevada deve manter tendência de crescimento da inadimplência nos próximos meses
Em
junho, o número de pessoas inadimplentes registradas no banco de dados
do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas) apresentou desaceleração e cresceu 4,39%
em relação a junho de 2013. O indicador mensal de inadimplência do
consumidor tem abrangência nacional e calcula tanto o número de
brasileiros inadimplentes quanto a quantidade de dívidas em atraso.
Os
economistas da CNDL e do SPC Brasil apontam que, apesar do número de
pessoas com parcelamentos em atraso ter crescido em junho, o resultado
apresentado pelo indicador representa a interrupção de uma trajetória de
consecutivas acelerações da inadimplência, iniciada desde o começo
deste ano.
Para
o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ainda que o indicador
tenha mostrado uma acomodação, o atual contexto macroeconômico de juros
altos e de inflação elevada não colabora para reverter a tendência de
alta dos próximos meses. "O consumidor endividado fica praticamente sem
perspectivas ao ver a própria renda perder valor com a aceleração da
inflação. Além disso, a alta dos juros contribui para encarecer o valor
das parcelas dos financiamentos", disse Pellizzaro Junior.
Na variação mensal, junho em relação ao maio deste ano, o número de consumidores com parcelamentos em atraso recuou 4,95%.
Na avaliação dos economistas do SPC Brasil, a queda verificada em junho
pode ser pontual e não deve se repetir ao longo dos meses seguintes. "É
preciso aguardar os desdobramentos do indicador daqui pra frente para
se chegar a uma avaliação mais clara", disse a economista do SPC Brasil,
Marcela Kawauti.
Dívidas em atraso mantêm crescimento
A
quantidade de dívidas em atraso no banco de dados do SPC Brasil
mostrou, em junho, aumento de 5,0% em relação ao mesmo mês de 2013. A
variação ficou muito próxima à alta de 5,21% que já havia sido
verificada no mês anterior.
Os
analistas das duas entidades explicam que o número de dívidas ainda não
pagas mantém o patamar de crescimento anual por volta de 5,0%, o que
vem sendo verificado desde abril de 2014. "A tendência do indicador é de
alta, e assim como acontece no indicador de pessoas inadimplentes, este
comportamento deve se repetir ao longo dos próximos meses", diz Marcela
Kawauti.
Baixe o material completo e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL
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